A Hora do Lobo - A década de 1960 consolidou Ingmar Bergman como gênio da 7ª arte. Todo o experimentalismo cenográfico e narrativo são absurdamente delineados nesses anos, visivelmente em "A hora do lobo" (1968) e na outra pérola bergminiana, "Persona" de 1966. Em "A hora do lobo", Bergman faz um mergulho surpreendente na psique humana revelando solidão, desencontros, sofrimento e incomunicabilidade divina. Mistura-se tudo isso com mais um conjunto de imagens que perturbam até os mais apaixonados pelo cinema de horror e obtêm-se um filme gótico, por excelência. Como não sentir pavor e repulsa com a cena em que Johan Borg (Max von Sydow) mata uma criança brutalmente? Ou na cena em que a senhora de chapéu desmonta o seu próprio rosto? Claro que isso se torna crível a apavorante por um trinca excepcional: direção, atuação e, talvez o mais importante, a fotografia impactante e fantasmagórica de Sven Nykvist. Belo, paranoico e psicanalítico! Com estas três palavras pode-se resumir essa obra-prima atemporal, do gênio sueco, Ingmar Bergman.

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