Um Homem Com Uma Câmera / Chelovek S Kino-Apparatom (1929), de Dziga Vertov- Impressionante! Parece antever as "aventuras" que um cineasta passa para realização de seu filme. E possivelmente um dos primeiros longas-metragens a usar a metalinguagem como artifício narrativo. Mais uma vez o cinema mudo me fascina pela criatividade e experimentalismo. Genuinamente uma obra de arte singular e genial.
Nelson Gonçalves - O Filme - Gênero audiovisual pouco explorado no Brasil, o "docudrama" (documentário que contém partes encenadas por atores) foi o formato escolhido para este tributo a Nelson Gonçalves. Assim, foi possível contar um pouco de sua vida sem depender, exclusivamente, de depoimentos e cenas de arquivo. O filme parte de sua infância, em São Paulo, narra a sua meteórica ascensão no rádio e no disco, a decadência pelas drogas, a ruína física, mora, financeira, e a volta por cima.
Alô, Alô, Terezinha - Através da maior pesquisa já feita sobre o grande comunicador Chacrinha e da recuperação digital do seu legado. O filme "Alô, Alô, Terezinha" conta a aventura chacriana como se fosse um programa de TV, conservando toda a irreverência e extravagância do maior fenômeno da televisão brasileira.
Corações a mil - Comédia musical que mistura documentário e ficção que se passa durante uma turnê do cantor e compositor Gilberto Gil com o show "Luar", wm 1981, que teve início em Porto Alegre, passando pelo Rio de Janeiro, e outras cidades até Belém, revelando paralelamente a história de um professor de comunicação que é encarregado de descobrir "o segredo da comunicação de massa".
Ganga Bruta - Marcos, rico engenheiro, casa e mata a mulher na noite de núpcias para salvar sua honra. Julgado e perdoado, ele se refugia no interior do país, a pretexto de acompanhar a construção de uma fábrica. Lá encontra Sônia, mocinha alegre e sensual, pela qual se apaixona e, por causa disso, luta contra Décio, o noivo de sua amada. Décio jura vingar-se; Sônia, deflorada por Marcos, suplica a Décio que não o mate. No duelo que se segue, Décio resvala e cai numa cachoeira, afogando-se.
Um Remédio!!!! Nos tempos do Kazaa eu baixando musicas do Kraftwerk que amo da Alemanha me apareceu um arquivo com falso nome e varios doadores... Comecei a ouvir a musica instrumental no inicio e pensei que astro evoluido... ate surgir a voz desse mito... precisamos aprender a nos respeitar. Amei mais ainda depois, fala direto ao coracao de quem procura, um GENIO!!!!
O Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues, Um desconhecido é morto ao ser atropelado por um ônibus. Agonizante, pede a um bancário que lhe de um beijo na boca. Este gesto é transformado em escândalo pela imprensa sensacionalista e o homem que cometeu o "crime" de beijar um agonizante passa a ser alvo de preconceito popular
Há uma passagem do livro “Assim falou Zaratustra”, de Nietzsche, na qual Zaratustra cede às lamúrias de um anão que o seguia. Queixando-se de fragilidade, o anão suplicava amor e amizade a Zaratustra, e lhe pedia para ir em seus ombros. Uma vantagem o anão disse que Zaratustra extrairia desse favor: o anão veria o caminho e guiaria Zaratustra. Então, Zaratustra instalou o anão sobre seus ombros e seguiu sua viagem. Porém, não seguiu muito, pois logo o anão começou a advertir Zaratustra dos perigos do caminho, perigos estes que o anão acreditava ver logo ali adiante. Zaratustra, contudo, nada via. O anão insistia, desesperado. Afirmava que logo ali havia um abismo, e antes deste um muro, e antes destes ainda ladrões, e lobos, e armadilhas, e a maldade, enfim. Chorando pelo infortúnio dos dois, já se imaginando roubados, envenenados, traídos, mordidos, dilacerados, enfim, vencidos, o anão julgou que o melhor seria parar, sentar, talvez se ajoelhar, e implorar ao destino perdão. Zaratustra já se inclinava para prostrar-se derrotado quando, de repente, um grito veio de dentro dele e protestou : “Pera lá, anão! Você quer é me submeter à tua covardia, às tuas pernas curtas!”. Livrando-se das seduções da autopiedade, Zaratustra expulsou o anão de suas costas. Foi a voz da vida, da vida que resiste e avança, que protestou contra a resignação que já tomava conta do querer de Zaratustra. Em alguns, essa voz se faz alta para acordar quem dorme para a vida; noutros, nos já despertos, ela apenas canta, como em Cartola ou Orfeu, ou sabe se transfigurar em assobio, como em Manoel.
"Eu não tenho nada contra o Cinema Novo. Só acho que a gente tem que se decidir: ou faz fita para agradar os intelectuais (uma minoria que não lota uma fileira de poltronas de cinema) ou faz para o público que vai ao cinema em busca de emoções diferentes. O público é simples, ele quer rir, chorar, viver minutos de suspense. Não adianta tentar dar a ele um punhado de absurdos: no lugar da boca põe o olho, no lugar do olho põe a boca. Isso é para agradar intelectual." Amacio Mazzaropi.
Um dos momentos mais bonitos da tevê brasileira no programa Chico & Caetano. Repare, logo no início, quando violino e bandoneon dialogam, chorando. Repare ainda as expressões de êxtase de Chico e Caetano e, depois a corrida de Chico, para beijar o Astor Piazzolla durante os aplausos. Nesta interpretação o tango foi elevado à categoria de música erudita.
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