A Concha e o Clérigo (La Coquille et le Clergyman, 1928) de Germaine Dulac - Germaine Dulac esforçou-se para procurar na ação do roteiro de Antonin Artaud os pontos harmônicos, ligando-os entre si por ritmos estudados e compostos. Existem duas séries de ritmo. O ritmo da imagem e o ritmo das imagens, ou seja, um gesto deve ter um comprimento correspondente ao valor harmônico da expressão e depender do ritmo que precede ou prossegue: ritmo na imagem. Em seguida ritmo das imagens : montagem da várias harmonias.

O Mundo é o Culpado (Outrage, 1950) de Ida Lupino - Jovem é estuprada ao voltar para casa. Traumatizada, ela foge de casa e do noivo e tenta reconstruir a vida em outra cidade. Ao ser cortejada por um amigo, se desespera e quase o mata. No tribunal, é defendida por um pastor, que culpa a sociedade.

O Mundo Odeia-me (The Hitch-Hiker, 1953) de Ida Lupino - Roy Collins (Edmond O'Brien) e Gilbert Bowen (Frank Lovejoy) saem para pescar nas montanhas da Califórnia, mas acabam mudando de planos e decidem ir ao México. No caminho, oferecem carona para um estranho, sem imaginar tratar-se de Emmett Myers (William Talman), um perigoso facínora procurado nos EUA e conhecido como "o caronista assassino".

O Teto (Strop/Ceiling, 1962) de Vera Chytilová - Curta metragem de graduação de Vera Chytilová, conta a história de alguns dias na vida de uma modelo na Checoslováquia no anos 60's.

A Incrível Bateria De mestre Marçal

"Enquanto os homens exercem seus podres poderes Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos E perdem os verdes Somos uns boçais Queria querer gritar setecentas mil vezes Como são lindos, como são lindos os burgueses E os japoneses Mas tudo é muito mais Será que nunca faremos senão confirmar A incompetência da América católica Que sempre precisará de ridículos tiranos? Será, será que será que será que será Será que essa minha estúpida retórica Terá que soar, terá que se ouvir Por mais zil anos? Enquanto os homens exercem seus podres poderes Índios e padres e bichas, negros e mulheres E adolescentes fazem o carnaval Queria querer cantar afinado com Ellis Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase Ser indecente Mas tudo é muito mau Ou então cada paisano e cada capataz Com sua burrice fará jorrar sangue demais Nos pantanais, nas cidades, caatingas E nos Gerais? Será que apenas os hermetismos pascoais Os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais Nos salvam, nos salvarão dessas trevas E nada mais? Enquanto os homens exercem seus podres poderes Morrer e matar de fome, de raiva e de sede São tantas vezes gestos naturais Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo Daqueles que velam pela alegria do mundo Indo mais fundo Tins e bens e tais."